A manifestação é relacionada ao péssimo estado dos desvios disponíveis e pelos atrasos na obra
O tráfego nos desvios utilizados desde a interdição da ponte sobre o Rio Jequitinhonha, na BR-101, em Itapebi, voltou a ser interrompido na quinta-feira (30) devido a duas manifestações realizadas em pontos diferentes da rota alternativa entre Itagimirim, Eunápolis e Itapebi. Os protestos ocorreram tanto no trecho conhecido como estrada da Veracel quanto na via que dá acesso ao desvio principal, utilizado por caminhões, carretas, ônibus e demais veículos desde o surgimento dos problemas estruturais na ponte.
No início da manhã, moradores da região do desvio da Veracel cavaram um buraco na pista e bloquearam completamente a passagem. O trecho é o único permitido para o tráfego pesado desde a interdição da ponte na BR-101, em Itapebi. Os manifestantes relataram que o objetivo foi chamar a atenção das autoridades para as condições precárias da estrada. Em períodos de seca, o excesso de poeira tem prejudicado a circulação, enquanto as chuvas das últimas semanas deixaram o local tomado por lama, dificultando a passagem e provocando quebras frequentes de veículos. Eles afirmaram que, apesar de promessas feitas meses atrás, nenhuma intervenção efetiva ocorreu, e reivindicaram a presença de uma equipe técnica e a definição de um cronograma claro de obras.
No fim do dia, caminhoneiros realizaram outro protesto no mesmo corredor viário, bloqueando totalmente o tráfego na BR-101, entre Itagimirim e Eunápolis. O grupo relatou que as más condições do desvio e da própria ponte têm provocado longos períodos de lentidão, riscos de acidente e prejuízos operacionais. O bloqueio gerou filas extensas nos dois sentidos, deixando motoristas, inclusive famílias com crianças e idosos, presos no congestionamento por horas. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) esteve no local tentando negociar a liberação parcial da via, mas até o final da noite o fluxo permanecia lento.
Moradores e motoristas afirmaram que a população está perdendo a paciência com o que classificam como descaso do Governo da Bahia diante dos atrasos sucessivos nas intervenções. Entre as críticas mais recorrentes, está a percepção de que as obras relacionadas à ponte do Rio Jequitinhonha têm sido empurradas para o ano que vem, coincidindo com o período eleitoral. Eles também mencionaram que o governador acumula promessas não concluídas, citando como exemplo a ponte Salvador-Ilha de Itaparica, que, assim como a estrutura sobre o Jequitinhonha, avança de forma lenta e sem prazos consolidados.
Da Redação CSFM





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