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1 20/06/2025 17:15

Esses descritores já vinham surgindo em outras sondagens, reforçando a percepção de crise de imagem em sua administração, que tem enfrentado dificuldades crescentes.

Levante recente, com componentes quantitativos e qualitativos, demonstra insatisfação significativa ao governo de Jerônimo Rodrigues (PT) na Bahia, gerando inquietação entre os membros da base petista. A avaliação dos entrevistados qualificou a gestão como “péssima, medíocre e caótica”, atribuindo ao governador o perfil de “despreparado, irresponsável e sem conhecimento”. Esses descritores já vinham surgindo em outras sondagens, reforçando a percepção de crise de imagem em sua administração, que tem enfrentado dificuldades crescentes.

A saia-justa do governador se intensifica diante do enfraquecimento político do presidente Lula no estado, sobretudo nas regiões do interior. Fontes ligadas ao partido confirmam que a influência presidencial não tem sido suficiente para reverter a crescente rejeição, dificultando a mobilização da base para as eleições de 2026.

Em um levantamento municipal, realizado por um prefeito aliado em cidade com cerca de 20 mil habitantes, o cenário local apresentou recuo de quase 30 pontos percentuais na intenção de voto em relação a 2022. A diferença marcante com desempenho eleitoral anterior motivou alertas entre parlamentares da base, que questionaram o alinhamento político da liderança estadual.

No plano estadual, aliados observam atritos internos entre deputado estadual Fabrício Pancadinha (Solidariedade), que enfrenta desgaste em Itabuna, e o grupo petista local. O prefeito de lá anunciou apoio à primeira-dama como candidata à Assembleia Legislativa em 2026, gerando tensão com Pancadinha, já considerado em desvantagem dentro da base local.

Além disso, conflito ideológico emergiu na greve dos professores em Salvador, com dirigentes da Associação dos/as Professores/as Licenciados/as do Brasil/Seção Bahia (APLB) ligados ao PCdoB em disputa com integrantes do PSOL. A divergência teria contribuído para prolongar a paralisação, ao deslocar o foco das pautas de ensino para questões políticas, conforme críticos do movimento .

Eventos locais também expuseram falhas no relacionamento político de Jerônimo. Em ato público realizado em Itamari, o governador afirmou a um prefeito aliado: “Senta na cadeira, vá governar o povo, olhe pra frente”, ao lado de um adversário histórico do gestor municipal. A frase foi interpretada por aliados como recado direto que gerou constrangimento e agravou o desgaste político.

Nesse cenário conturbado, deputados e secretários já se articulam para as eleições de 2026. Denúncias de pressão dos secretários sobre deputados locais e disputas por cargos demonstram divisão interna na base governista, indicando risco de fragmentação da coesão política.

Rumores de criação de um “conselhão” no governo para definir liberação de recursos, premiar aliados e punir opositores sugerem mudança de estratégia nas articulações eleitorais após as festas juninas. A medida sinalizaria cautela com investimentos e intenção de disciplinar rumores de favoritismo dentro da base.

Por fim, uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) confirmou irregularidades em contratos firmados pela Conder entre 2022 e 2023. A análise, que envolveu quase R$ 180 milhões, revelou falhas técnicas, sobrepreço e deficiência na fiscalização, com excessos estimados em R$ 11,5 milhões, gerando sugestões de encaminhamento ao Ministério Público (MP).

O conjunto de más avaliações, instabilidades na base e risco de judicialização de contratos públicos sinalizam que o governo estadual enfrenta um momento delicado, com necessidade de ajustes e gestão política urgente para lidar com os desafios que se avizinham.

 

Da Redaçao CSFM







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