O estudo é uma possível solução com potencial econômico e ambiental.
Na região de Medeiros Neto, um projeto inovador vem aproveitando o bagaço de cana‑de‑açúcar para elaborar briquetes, uma alternativa sustentável à lenha tradicional. O desenvolvimento relaciona parte significativa dos resíduos agroindustriais — cerca de 69% gerados pela canaviculture — a uma solução com potencial econômico e ambiental.
O processo utiliza pectina extraída da casca do maracujá como aglutinante natural, conferindo ao briquete densidade e capacidade calorífica adequadas para uso em atividades térmicas, como secagem de alimentos e aquecimento de água. A matéria-prima tem provedores locais, incluindo produtores da Usina Santa Maria, o que reforça o caráter colaborativo da proposta.
O produto está em fase experimental, mas já mostra potencial de gerar renda adicional para agricultores da região e reduzir custos na gestão energética das propriedades rurais. A equipe responsável prepara aprimoramentos no método de extração de pectina nas etapas seguintes do estudo.
Esta iniciativa integra a série Bahia Faz Ciência, coordenada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado, lançada em 2019 para divulgar trabalhos científicos de impacto social. A produção de briquetes a partir de resíduos agroindustriais revela como a tecnologia local promove inovação nas cadeias produtivas do interior do estado.
A pesquisa segue com apoio institucional e desenvolve parcerias que podem ampliar a aplicação da tecnologia. A próxima etapa focará o aperfeiçoamento da extração de pectina, com a meta de aumentar a eficiência e escala de produção.
Da Redação CSFM