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1 21/01/2025 10:59

Pela primeira vez em um século, antas (Tapirus terrestris) foram flagradas em vida livre no estado do Rio de Janeiro, marcando uma grande vitória para a conservação da biodiversidade no estado. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) registrou os animais, considerados extintos na natureza fluminense, por meio de armadilhas fotográficas instaladas em parceria com a Vale, em 2020, no Parque Estadual Cunhambebe.

As imagens registraram 108 capturas, com grupos de até três indivíduos e até uma fêmea com filhote, sugerindo que a espécie pode estar bem estabelecida na região. Este é um importante marco para a preservação da Mata Atlântica, já que as antas são essenciais para a manutenção do ecossistema, atuando como dispersoras e predadoras de sementes.

Segundo o Inea, é a primeira vez em 100 anos que as antas são observadas na vida selvagem do estado, sem a intervenção humana direta. O último registro oficial da espécie no Rio de Janeiro foi feito em 1914, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, quando a caça e a destruição de habitat levaram ao desaparecimento do animal.

O secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, ressaltou a importância das unidades de conservação estaduais, que protegem quase meio milhão de hectares de Mata Atlântica no estado. Ele também comemorou a redescoberta como um passo importante para a ciência e a preservação ambiental.

A anta-brasileira é um mamífero que pode pesar até 250 quilos e desempenha papel fundamental na manutenção da biodiversidade, especialmente em seu habitat natural. Sua adaptação a diversos tipos de terreno e sua habilidade de nadar ajudam a evitar predadores naturais.

A descoberta foi considerada histórica e significativa, como destacou o presidente do Inea, Renato Jordão. Ele também frisou a importância do uso de registros fotográficos para promover estratégias de conservação e conscientização pública sobre a preservação dos ecossistemas.

O Parque Estadual Cunhambebe, onde os registros foram feitos, é o segundo maior parque do estado, com quase 40 mil hectares de áreas protegidas, e segue com ações de educação ambiental e incentivo à pesquisa científica, fortalecendo a conservação da biodiversidade e engajando a sociedade na proteção dos recursos naturais.

Da Redação - Vale FM







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