Na manhã desta quinta-feira (09), alunos e educadores do Colégio Estadual Virgílio Pereira de Almeida, localizado no bairro Muritiba, em Jaguaquara, realizaram um protesto contra o fechamento da unidade escolar, que está em processo de reordenamento pela Secretaria Estadual da Educação. A instituição, que há 59 anos atende a comunidade, teria sua estrutura e quadro de alunos e funcionários incorporados ao CEEP Pio XII, a maior escola do estado, também situada no mesmo bairro.
A possível desativação do colégio, que ainda não ocorreu oficialmente, tem gerado grande preocupação entre os estudantes e educadores. A professora Jaciara Tâmara Araújo, que liderou o movimento, questionou a decisão e pediu apoio dos políticos locais, incluindo a prefeita e vereadores, para evitar o fechamento da escola. "Nossa escola, em 2024, recebeu várias premiações pelo bom trabalho feito. Então, por que agora vai fechar o colégio?", protestou Jaciara, destacando o impacto que a medida terá para os mais de 700 alunos atendidos pela instituição, que oferece ensino médio em tempo integral e possui dois anexos na zona rural.
O grupo iniciou o protesto por volta das 09h30, saindo do Colégio Virgílio e seguindo em direção ao centro da cidade, passando pela Câmara de Vereadores e Prefeitura. Durante o trajeto, a professora fez discursos emocionados, apelando pela conscientização dos políticos e defendendo a continuidade da escola.
Segundo informações, indicam que os anexos do Virgílio, localizados nas comunidades de Baixão e Itúba, poderiam ser transformados em uma escola do campo, enquanto os alunos da sede seriam remanejados para o CEEP Pio XII. A Prefeitura de Jaguaquara se posicionou sobre a questão, esclarecendo que não teve participação na decisão de fechamento do colégio, após rumores de que a municipalização de outras unidades, como o Colégio Luzia Silva, teria relação com o fechamento do Virgílio. A Secretaria Estadual de Educação ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
Da redação - Vale FM