A Polícia Federal (PF) está cumprindo um mandado de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, em uma operação que investiga a inserção de dados falsos no Sistema de Filiação Partidária (Filia) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esse caso envolveu a filiação indevida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Partido Liberal, ocorrida em 2023. A operação, chamada Infiliatio, foi iniciada na manhã desta quarta-feira (30/10).
Segundo informações da PF, durante as investigações, ficou claro que não houve invasão ao sistema Filia, mas sim uma fraude no pedido de filiação de Lula, que continha informações falsas. O pedido foi aceito pelo Tribunal após uma etapa de moderação feita por um funcionário do Partido Liberal, cuja atuação também está sendo analisada.
A corporação revelou que o uso de dados falsos começou no início do processo de filiação, quando um indivíduo acessou o formulário digital no site oficial do partido, preenchendo uma série de informações pessoais, como dados pessoais e políticos, uma selfie, documentos, endereço, telefone, e e-mail. O interessado ainda precisava confirmar as informações e aceitar os termos de uso para dar início ao processo.
Os investigados podem enfrentar acusações de crimes como invasão de dispositivo eletrônico, falsidade ideológica e uso de identidade falsa. As investigações continuarão para identificar possíveis fraudes adicionais e compreender as motivações por trás das ações fraudulentas.
A adesão a um partido é regulamentada pela Resolução nº 23.596, de 20 de agosto de 2019, emitida pelo TSE, que define as diretrizes para o envio de informações sobre filiados à Justiça Eleitoral.
Da Redação