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1 05/10/2025 08:29

A paciente deu entrada na noite de sexta-feira (3) relatando fortes dores no peito durante a semana, foi liberada e morreu em casa no sábado.

Uma denúncia de negligência foi feita para o sistema de saúde de Coaraci (BA) após o falecimento de uma idosa de 65 anos, na madrugada do último sábado (4). Segundo relato de uma moradora que pediu sigilo por temor de represálias, a paciente teria sido liberada do Hospital Geral de Coaraci poucas horas antes de morrer em casa. Ela havia dado entrada na unidade na noite anterior, com histórico de queixas de dor torácica ao longo da semana.

De acordo com a denuncia feita à um veículo de mídia local, a idosa entrou na ala de emergência do hospital por volta das 22h. No entanto, a moradora afirma que todos os funcionários de plantão estavam dormindo no momento.

“Todos os funcionários se encontravam no local dormindo. Tiveram dificuldade de acordar, começaram então a bater nas portas”, disse a denunciante.

Somente após insistência, ela teria recebido atendimento, mas foi liberada na madrugada, mesmo apresentando sinais de risco, segundo familiares. Ao retornar para casa, ela faleceu. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, mas já não foi possível salvá-la.

Ainda segundo a denunciante, a paciente já havia buscado atendimento várias vezes durante a semana com o mesmo sintoma — dor no peito — o que torna a liberação ainda mais questionável.

Casos como este não são isolados no cenário da saúde pública. Mortes que ocorrem por possíveis falhas no atendimento, negligência ou omissão configuram não só tragédias individuais, mas violam direitos fundamentais à vida e à dignidade.

Se for comprovado que a equipe estava dormindo durante o plantão ou que negligenciou sintomas compatíveis com risco de infarto ou outras emergências cardiológicas, a responsabilidade será grave.

A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), assim como os órgãos de controle, devem agir com rigor, pois o caso exige investigação imediata. Se for confirmada a conduta inadequada, punições devem recair sobre os responsáveis — com sanções previstas pela legislação sanitária, administrativa e, se for o caso, penal.

A prefeitura municipal e a direção do hospital não emitiram notas de esclarecimento até o momento em que esta matéria foi produzida., mas cabe ao Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), à Corregedoria da Saúde estadual e aos órgãos de regulação abrir procedimentos de apuração.

É essencial que esse episódio não seja abafado. Mortes evitáveis fruto de falhas no atendimento público demandam atenção, mudanças estruturais e responsabilização. A vida de pessoas vulneráveis — especialmente idosas com sintomas graves — não pode depender exclusivamente da sorte e do acaso.

 

Da Redação CSFM

Fonte:Verdinho Itabuna







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