A ação ocorreu em uma residência onde os agentes cumpriam um mandado de busca e apreensão no endereço equivocado.
Na manhã da quinta-feira (24), uma equipe da Polícia Civil de Minas Gerais (PC-MG) realizou uma operação no bairro Jaqueline, região Norte de Belo Horizonte, que resultou na morte de um cão da raça pastor alemão. A ação ocorreu em uma residência onde os agentes cumpriam um mandado de busca e apreensão. no endereço equivocado.
De acordo com informações da PC-MG, ao chegarem ao local, os policiais encontraram o portão de ferro aberto e diversos cães no interior do quintal. Durante a entrada na residência, um dos cães avançou sobre os agentes, que reagiram com um disparo de arma de fogo, atingindo o animal na cabeça.
A proprietária do cão, que estava na residência com o marido e três filhos, relatou que o animal, chamado Brutus, era dócil e estava com a família há quatro anos. Ela afirmou que o cão se assustou com a entrada dos policiais e tentou proteger a família, sendo morto no processo.
A PC-MG informou que a operação visava cumprir um mandado de busca e apreensão relacionado a um suspeito desconhecido pelos moradores da residência. Após a entrada na casa e a constatação do erro, os policiais solicitaram que os moradores colocassem as mãos na cabeça e explicaram a situação.
Um vereador mineiro, conhecido por sua atuação em defesa dos direitos dos animais, protocolou um ofício na Corregedoria-Geral da PC-MG solicitando a apuração imediata da morte do cão. No documento, o parlamentar pede a abertura de um procedimento investigativo sobre a entrada indevida na residência, a identificação e responsabilização dos agentes envolvidos na morte do animal e uma resposta formal sobre as providências adotadas.
Desde setembro de 2020, a Lei 14.064, conhecida como "Lei Sansão", estabelece penas mais severas para casos de maus-tratos contra cães e gatos. A legislação prevê reclusão de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda do animal para quem praticar atos de abuso, maus-tratos, ferimentos ou mutilações. Caso o crime resulte na morte do animal, a pena pode ser aumentada em até um terço.
A PCMG informou que está apurando os fatos e que todas as medidas cabíveis serão tomadas para esclarecer o ocorrido.
Da Redação CSFM