Caso não seja tratado com urgência pode levar à amputação
A Costa Sul FM foi procurada na manhã desta segunda-feira (12) por amigos do senhor Adriano José dos Santos Nascimento, 42 anos, portador de diabetes, que se encontra no Hospital de Una há nove dias à espera de uma transferência para tratar uma ferida inflamada no pé, conhecida como "Pé Diabético".
O "Pé Diabético" é uma complicação da diabetes caracterizada por uma ferida (úlcera) nos membros inferiores agravada por uma infecção, mas também pode englobar qualquer alteração de origem neurológica, ortopédica ou vascular que afete essa região do corpo.
Esse quadro costuma acontecer porque, com o passar do tempo, a diabetes leva a um problema chamado neuropatia. Essa situação causa um prejuízo aos nervos, resultando em deformações nos ossos e nos músculos dos pés e na redução da sensibilidade da pele.
Com isso, ao mesmo tempo em que os pés se tornam mais propensos a sofrer um machucado (bolhas, calos, traumas etc.), o paciente perde parte de sua capacidade de sentir dor, o que faz com que ele não perceba que tem uma ferida e, assim, não procure tratamento.
Além disso, as pessoas com diabetes tendem a apresentar problemas de circulação, o que dificulta a chegada do sangue até os membros mais distantes do coração, especialmente os pés. Em consequência, essa região recebe menos oxigênio, o que prejudica a cicatrização e pode levar à morte do tecido, conhecida como necrose ou gangrena.
Como esse quadro evolui de forma silenciosa, o paciente passa semanas ou meses com uma úlcera aberta, ou seja, uma porta de entrada para microrganismos causadores de infecções, principalmente as bactérias. Dessa forma, geralmente a lesão já está muito avançada quando a pessoa procura o médico, levando a um alto risco de amputação.
Familiares e amigos fazem um apelo à secretária de saúde de Una para intervir no caso e conseguir a transferência do Adriano José dos Santos Nascimento o quanto antes para tratar do seu problema de saúde e evitar maiores complicações.
Por: Dan Oliveira