Agosto é um mês marcado tanto pela celebração da cura quanto pela conexão com o universo fantástico, especialmente no Brasil, onde se comemora o Dia do Folclore. Esta data foi instituída pelo Decreto nº 56.747, de 17 de agosto de 1965, assinado pelo então presidente Humberto Castello Branco. Apesar de críticas por misturar figuras míticas com elementos religiosos, a fantasia continua a fazer parte do imaginário coletivo, com o Brasil apresentando uma rica variedade de personagens folclóricos. Um exemplo contemporâneo desse repertório é o Chupa-cabra, uma criatura que, embora suas aparições tenham sido mais comuns em outras partes do mundo, também deixou sua marca no Brasil, incluindo na Bahia, como relatado em reportagens do jornal A TARDE.Agosto é um mês marcado tanto pela celebração da cura quanto pela conexão com o universo fantástico, especialmente no Brasil, onde se comemora o Dia do Folclore. Esta data foi instituída pelo Decreto nº 56.747, de 17 de agosto de 1965, assinado pelo então presidente Humberto Castello Branco. Apesar de críticas por misturar figuras míticas com elementos religiosos, a fantasia continua a fazer parte do imaginário coletivo, com o Brasil apresentando uma rica variedade de personagens folclóricos. Um exemplo contemporâneo desse repertório é o Chupa-cabra, uma criatura que, embora suas aparições tenham sido mais comuns em outras partes do mundo, também deixou sua marca no Brasil, incluindo na Bahia, como relatado em reportagens do jornal A TARDE.
Em 25 de agosto de 1997, o jornal trouxe uma matéria sobre ataques misteriosos a ovelhas em Itamari, na região de Gandu, sul da Bahia. Os animais foram encontrados mortos, com escoriações pelo corpo e mandíbulas arrancadas, e quatro deles sobreviveram com graves lesões. Esses incidentes foram rapidamente associados ao Chupa-cabra, uma criatura cuja fama de atacar rebanhos e deixar suas vítimas sem sangue já havia se espalhado. O Chupa-cabra foi inicialmente descrito como um ser bípede com pelos e escamas, mas sua representação evoluiu ao longo do tempo, incluindo versões que o mostravam como um quadrúpede semelhante a um cachorro.
O Chupa-cabra ganhou notoriedade mundial no auge da revolução digital, especialmente com a expansão da Internet. Seu impacto na cultura popular foi tão significativo que a criatura inspirou uma produção cinematográfica da Netflix, intitulada *Meu Amigo Lutcha* no Brasil. O filme, dirigido por Jonas Cuáron, narra a história de Alex, um jovem que, ao visitar parentes no México, descobre uma criatura fofa e misteriosa escondida no galpão de seu avô. A trama, estrelada por Evan Whitten, Christian Slater e Demián Bichir, remete a clássicos como *ET* de Steven Spielberg, mas a mudança de título no Brasil pode ter afastado o público do apelo original da lenda do Chupa-cabra.
Apesar de tentativas científicas de desacreditar a existência do Chupa-cabra, os relatos sobre a criatura continuam a fascinar. Porto Rico é considerado o local de origem dessas histórias, com Madelyne Tolentino sendo a primeira pessoa a relatar um avistamento. Pesquisas, como as realizadas por Benjamin Radford, revelaram que muitos dos restos mortais atribuídos ao Chupa-cabra eram de animais comuns, como cachorros com sarna ou guaxinins. No entanto, antes que as explicações científicas surgissem, o mito já havia sido amplamente divulgado, inclusive no Brasil, onde programas de televisão como *Domingo Legal* dedicaram segmentos inteiros ao fenômeno.
Além do Chupa-cabra, outras criaturas fantásticas continuam a surgir e a capturar a imaginação popular. Em 2018, Salvador foi palco de uma nova lenda urbana, quando um "Sereio" foi avistado nas águas de Itapuã. Descrito como um ser com longos cabelos e barbatanas, e exalando um cheiro forte, o "Sereio" rapidamente se tornou um tema de discussão na cidade. Assim como o Chupa-cabra, essa criatura é um exemplo de como mitos e lendas persistem, alimentados pela curiosidade e pelo desejo humano de acreditar no extraordinário. Como disse a personagem Dona Milu na novela *Tieta*: "Mistério".
Da Redação