Sempre desejamos o melhor para nosso filho, não é verdade? Quando uma criança faz algo errado, em geral alguém pergunta: “quem é a mãe deste menino?” Não queremos escutar que nosso filho tornou-se um mal pagador, concorda? Então vamos evitar que ele se atrapalhe com o suado dinheiro ganho e acabe se endividando no futuro. Para isso, a educação familiar deve também contemplar questões finaceiras logo cedo. Adotar em casa as oito dicas mencionadas a seguir ajudará seu filho a lidar com as finanças de forma positiva e a ter hábitos saudáveis de consumo. Pronto para ensinar seu pequeno aprendiz? Então vamos nessa!
1. Processo deve ser natural e na hora certa. Logo que seu filho apresentar curiosidade sobre dinheiro inicie o diálogo explicando o que é renda, gastos e orçamento. Se possível, leve-o a seu trabalho para que ele perceba o valor de gerar riqueza. Se observar que ele está interessado, aos poucos aborde outros temas como cartão de crédito, poupança, etc., e incentive-o sempre a perguntar. Caso ele não questione o assunto, estimule-o com questões como: “quanto dinheiro tem no seu cofrinho?”, mas não force a barra caso verifique desinteresse.
2. Diferencie o prazer do consumo. Quando sair com uma criança esclareça se o motivo é para passear ou comprar, e evite misturar essas atividades. É importante que fique claro que “sair de casa” não significa sempre consumir, nem que consumo seja lazer. Explique que o consumo atende a uma necessidade e não vincule prazer ao consumo! Aproveite e comente a diferença entre desejo e necessidade.
3. Estimule o valor da conquista. Importante que a criança saiba que precisa se esforçar para ser recompensada – merecer para ter. Desse modo ela dará valor às coisas. Por isso não dê presentes fora da época e só dê mimos por mérito. Estimule a criança a alcançar uma meta, e se possível ir além!
4. Estabeleça mesada por tarefas. Combine a recompensa (a famosa mesada) por tarefas cumpridas. O montante deve ser de acordo com o orçamento familiar e a idade da criança. Isso mostrará a importância do trabalho e iniciará o aprendizado da gestão do dinheiro. Com o tempo aumente o valor da mesada e o nível da tarefa, conforme a disponibilidade da família. Evite atrasar ou antecipar a mesada para que ela se acostume a receber sempre na mesma data. Torne o momento do recebimento da mesada gratificante à criança, isso a estimulará a produzir.
5. Pratique o orçamento financeiro. Oriente o pequeno a criar seu próprio orçamento. Demonstre como listar num caderninho seu ganho, gastos e ainda reservar algum valor para poupança, tente fazer isso brincando. Assim ele entenderá como gastar melhor, se organizar, e a fazer contas. Deixe que ele tome decisões e carregue seu dinheiro, desta forma ele terá oportunidade de aprender também a ser responsável.
6. Junte dinheiro. Aproveite a mesada para monstrar o valor de poupar, utilize um cofrinho para a criança ir juntando suas economias. Explique que o hábito de poupar pode proporcionar algo melhor mais à frente. Se ela decidir gastar, planeje com ela antes para evitar frustação. Junto a ela pesquise preço e mostre que o valor varia conforme a marca, modelo e tamanho - faça este momento ser empolgante! Deixe que a criança pague e receba o troco se houver, sempre sob sua atenção. Inclusive, se possível, deixe-a errar para aprender. Depois converse com ela sobre isso. Aproveite e fale que toda escolha financeira tem consequência como gastar o dinheiro em troca de algo novo, deixe-a falar sobre essa sensação.
7. Evite o desperdício. A criança deve entender que a economia doméstica é responsabilidade de todos da família. Portanto, ensine-lhe a importância de não exagerar no consumo de água e luz, inclusive para preservar os recursos naturais. Fale que jogar comida fora é prejuízo e falta de respeito com as pessoas que passam fome. Mostre que o dinheiro gasto com essas perdas poderia ser aproveitado com outras coisas, como passeios. Estimule a criança a economizar.
8. Converse sobre a vida financeira da família. A criança precisa estar consciente da situação econômica da família e seus planos de futuro. Mas, atenção: esse conhecimento deve ser transmitido com palavras adequadas à idade dela. Isso fará com que a criança seja uma colaboradora, e facilitará seu entendimento aos “não” recebidos, além de fazer com que ela se sinta parte ativa do projeto familiar. Explore o momento e explique as diferenças financeiras e sociais existentes.
Educar não é fácil! Viu como o tema é complexo? Esteja preparado, saiba sobre educação financeira e, principalmente, pratique! Os filhos seguem os atos dos pais, então dê bons exemplos, pois essa é a forma mais eficaz de ensinar a garotada. Não se esqueça de sempre que possível abordar esse assunto com as crianças. Tenha paciência, pois a jornada é longa, mas recompensa! Quem sabe eles se tornem grandes investidores e surpreenda você com um belo presente no futuro? Na internet você encontra interessantes sites sobre temas financeiros para crianças, como o https://www.canalkids.com.br/bankids/index.htm. Para você aumentar seu conhecimento nesta área, na semana que vem falaremos sobre algo que sentimos no bolso: a inflação! Até breve!